Hello, L.! Existem várias coisas envolvidas no que você falou. Primeiro, a gente precisa entender que a idade “certa” para ter beijado, ter namorado, etc. não existe. Um relacionamento romântico, de amizade, afeto e compromisso, tem idade mínima para começar (precisa de certa maturidade), mas não tem idade máxima. Se você me dissesse que tem 60 anos, eu diria a mesma coisa. A sociedade ao nosso redor é que impõe expectativas.
Ao mesmo tempo, muitas vezes é interessante a gente considerar o que nos ajuda e o que nos atrapalha no misterioso processo de formar vínculos com outros – sejam eles românticos ou de amizade. Uma vez que esse é um campo muito extenso e complexo para explorar, minha sugestão é que você faça isso junto com um(a) psicólogo(a), alguém treinado para ajudar a entender as complexidades do seu universo interior. Outra coisa que eu gostaria de sugerir (se você ainda não fez) é que você faça uma avaliação neuropsicológica. Algumas coisas que você descreve, parecem típicas de pessoas com superdotação/habilidades especiais. Eu descobri que tenho TEA e superdotação ao procurar ajuda para algumas questões de relacionamento (p. ex., essa sensação de não ser compreendida e dificuldade de entender algumas coisas nas amizades). Em minha opinião, vale muuuuito a pena investigar isso, pois, dependendo do que as avaliações indicarem, você pode receber apoio especializado – o que é uma grande ajuda!
E, por fim, reconhecer que somos inteligentes não é, necessariamente arrogância. Depende de como a gente vê as coisas. Se a gente entender que nossa inteligência é algo que recebemos de Deus, que não fizemos nada para merecer ou “criar”, é meio absurdo se orgulhar dela, não é mesmo? É como se orgulhar do formato da unha do dedão do pé, kkkk. Tipo, é só mais uma coisa legal e singular que Deus nos deu, sem que a gente fizesse qualquer coisa para merecer 🙂 Ter uma mente ágil, ser engajada em questões sociais e políticas, etc. não precisa ser empecilho para formarmos boas amizades, desde que outras coisas dentro de nós estejam em ordem (p. ex., nosso senso de identidade, a certeza do amor incondicional de Deus e afins).
Fica, portanto, minha sugestão: procure investigar melhor esse assunto com profissionais especializados. Lembre-se de que Deus criou cada um de nós de forma singular, para alegrar o coração dele – e o nosso também. Confie que Deus vai lhe mostrar o caminho para entender melhor essas questões.
E, se quiser conversar mais sobre esses assuntos ou quaisquer outros, é só escrever novamente.
Até a próxima!
Kisses,
Su