Pergunta:

Resposta da Sú:

Hello, J.! Em minha opinião, algumas igrejas e famílias estão misturando demais as coisas. Tanto quanto eu entendo, a disciplina eclesiástica é uma coisa e disciplina familiar é outra bem diferente. A disciplina eclesiástica é uma medida extrema, para ser aplicada muito raramente, em casos específicos. E, em geral, é para coisas que afetam diretamente a igreja. Por exemplo, um membro da igreja tomou para si uma oferta que havia sido arrecadada para missões. Ao ser confrontado, ele negou, mentiu, não quis se arrepender de jeito nenhum. Dependendo das circunstâncias e detalhes, essa pessoa talvez precise ser colocada em disciplina na igreja.

Agora, essa história de os pais levarem todos os problemas de casa para a liderança da igreja e aí a igreja dizer qual deve ser a disciplina familiar é complicada. Claro que os pais podem pedir orientação para outros cristãos maduros na fé, mas isso é diferente de deixar a igreja determinar a disciplina. Uma família precisa definir regras antes que as coisas aconteçam e, também antes, precisa definir quais serão as consequências se essas regras forem quebradas. Esse é um acordo entre pais e filhos, e não há motivo para envolver liderança da igreja. São duas esferas distintas de autoridade e ação.

A gente vê adolescentes sendo castigados pela igreja (p. ex., proibidos de tomar a ceia, removidos de ministérios) por coisas muito pessoais, que deveriam ter sido resolvidas em casa e não em público.

Esse é um assunto longo e complexo, e creio que todas as partes – pais, líderes da igreja, líderes de ministérios de adolescente e jovens, etc. – precisam buscar muita sabedoria e tomar decisões baseadas em amor, graça e restauração e não apenas em castigo que não gera transformação.

Oremos para que a graça divina prevaleça sempre!

Kisses,

Su