Olá Su tudo bem? Su eu tô noiva e queria que você me desse conselhos e dicas sobre o casamento. Bom tem outra questão também eu tive um amigo virtual q era bem parecido comigo como idade e religião por exemplo mais eu não soube cuidar dele eu o tratava mal e ele se afastou de mim acho q foi por isso eu mandei mensagens mais ele não respondeu eu amo muito e sinto muita falta dele ele é a pessoa mais importante pra mim e eu não sei se devo tentar encontrar ele nas redes sociais de novo o que você acha? Desde já agradeço pela sua atenção e sua resposta. J.

Olá, Su! Mais uma vez obrigado por sua resposta. Estou vendo que temos pontos em comum: também eu já fui de igrejas, passei períodos sem ir (provavelmente por motivos parecidos com os seus) e no momento não estou em nenhuma igreja, mas em contato com pessoas de igrejas. Noto que é difícil encontrar quem reconhece, como você, que é possível mantermos um relacionamento verdadeiro com Deus fora da igreja. No caso do vídeo foi exatamente assim: eu estava cheia de dúvidas, mas fiquei sozinha para fazer uma oração, e veio a inspiração. Quando tudo terminou, senti uma paz enorme.

Sobre a disciplina da adolescente, é mesmo um assunto controverso, pois muita gente da igreja diz que bater é bíblico desde que feito com está na bíblia. Pela minha interpretação, a “vara” é uma metáfora para algum tipo de disciplina, não necessariamente corporal, mas respeito todas as convicções. Nesses casos eu sigo a sua receita: contenção de estrago. Aliás, é algo que terei que fazer em breve. Aproveito para pedir a sua opinião: se alguém diz que está “batido o martelo” utilizar o castigo físico, como você recomendaria que esse castigo físico fosse aplicado de um modo aceitável? H.

Olá, Su! Você tocou bem no ponto: ter uma comunidade, uma igreja, é importante para eu me sentir apoiada e apoiadora, só que há tantas igrejas com “ensinamentos estranhos” por aí… O termo certo é esse mesmo, o mínimo que eu posso chamar aquilo é “estranho”. Mas como eu não gosto de ficar discutindo assuntos de fé, pois respeito todas as convicções, ainda mais em uma família onde cada um frequenta uma igreja (e alguns são fisgados por aquelas “estranhas”) que eu prefiro é ficar calada, observar e só me meter na hora certa. Mas talvez algum dia eu encontre uma igreja que eu confie. Não sei se já perguntei, mas você tem uma igreja?
Então, no caso do vídeo, você me aconselhou a me envolver o mínimo possível? Mas quando chegou sua resposta eu já tinha me envolvido hihi. Mas vou contar o que eu fiz, para você julgar se eu agi certo, ou se poderia ter feito melhor.
Foi assim, a mãe da menina que apareceu no vídeo é uma amiga. A minha ideia foi envolver uma cunhada minha que é advogada, pois a questão tinha aspectos legais, então fomos as duas na casa dela. A menina ainda não tinha falado do vídeo com a mãe, pois estava com medo, mas garantimos que estávamos lá para ajudar, então ela mostrou o vídeo e contou tudo o que estava acontecendo. É claro que a mãe ficou super zangada, mas eu e a minha cunhada falamos assim: isso tem que ser resolvido por partes, e o mais urgente agora é o que está rolando no colégio, depois você cuida da sua filha. Ela se acalmou e fomos nós quatro para o colégio falar com o diretor. Nós identificamos a aluno que estava espalhando o vídeo, a minha cunhada disse que podia até mover uma ação contra ele, e o diretor se comprometeu a tomar providências. Primeira missão cumprida, ufa!
Segundo, identificamos o motel que deixou os menores entrarem e a minha cunhada ficou de fazer uma advertência a eles. Aí voltamos para a casa e aproveitei para rever um pessoal que fazia tempo eu não via, a minha amiga primeiro serviu um café para a gente e foi pegar um cinto e levar a filha para o quarto. Ficamos lá conversando e escutando do lado de fora da porta: Ai Ai Ai hihi.
E então, você acha que eu “me meti” do jeito certo? A minha ideia foi dividir a missão conforme o mais urgente: primeiro cessar a divulgação do vídeo, depois notificar o motel, depois a disciplina da adolescente em casa.
No caso da minha sobrinha filha da minha irmã mais velha, eu acho que às vezes eu me intrometo em excesso, isso porque eu sempre tive uma ligação forte com elas duas, e admito que às vezes me deixo mesmo “enredar”. Essa minha irmã é uma das poucas da família que não está em uma igreja, e acredito que isso contribui para a falta de entendimento dela com a filha, mas quem sou eu para aconselhá-la a entrar para uma igreja, se eu também estou fora?
Graça e Paz! H.

Olá Su! Tudo bem? Achei bastante sábia a sua sugestão: contenção de estrago. É isso mesmo que eu tenho que fazer. Como você bem disse, eu não tenho autoridade para mudar a abordagem adotada por meus familiares, e é claro, tenho que respeitar os pontos de vistas deles. Então, interferir indevidamente pode atrair sobre mim responsabilidades que não me cabem. Justo!!!
Mas o problema é que a minha fama de mediadora de problemas de adolescentes já está se espalhando pela família hihihi. Acho que é porque eu atualmente não estou em nenhuma igreja, então fico como uma peça neutra no tabuleiro. Não falta quem queira me convidar para entrar para sua igreja, até vendo que eu sou muito jeitosa para aconselhar (olha o orgulho tentando me fisgar) mas eu sempre recuso, pois receio que se entrar para uma igreja, eu fique compromissada com as regras e o discurso dos pastores lá. Você acha que eu estou certa?
Ultimamente eu tenho sido muito procurada por minha sobrinha filha da minha irmã mais velha. Ela está com 15 anos agora, e está em uma fase muito agitada, com muita rebeldia. Aí sempre que ela apronta uma ou briga com a mãe, vem recorrer a mim… Ela é arteira, mas também muito meiga, e tem um jeitinho de me fazer pena, que eu penso até que ponto eu estou me deixando manipular por ela. Mas também, se eu ficar sempre do lado da mãe dela, eu perco a posição de mediadora. Estou pensando então qual a disciplina apropriada para ela que eu possa aconselhar, sem parecer nem a “bandida” nem a “boazinha” da história.
Aproveitando, vou pedir conselho sobre uma situação em que eu estou envolvida. Imagine que foi divulgado um vídeo mostrando uma turma de adolescentes em um motel fazendo uma festinha. Não, eles não estavam fazendo sexo, só bebendo e dançando (pelo menos foi o que eu pude ver) mas um colega de uma delas divulgou o vídeo dizendo que houve ali uma orgia e inventando uma porção de calúnias. Então olha a bomba prestes a estourar! Eu sou próxima da mãe da menina, e vou ter que ajudar a segurar o rojão, pois ela é muito nervosa.
Note que é complicado porque há muitos aspectos misturados: o aspecto legal, do motel haver permitido o ingresso de menores, o delito criminal que é divulgar o vídeo mostrando situação íntima (mas o garoto que fez isso também é menor), a infração escolar porque o responsável é colega da vítima, e a disciplina que deve ser conduzida em casa pela mãe da menina. Então, o que você acha que eu devo fazer em primeiro lugar?
Graça e Paz! H.