Olá, Su! Tudo bem? Bom, voltei a frequentar a Igreja após um longo período assistindo “online”. Estou há um mês indo nos dias mais vazios, sabe? Bom, aconteceu algo ontem de manhã na EBD que me deixou muito constrangida e toda vez que paro para pensar sinto nojo e vontade de chorar. Um irmão chegou até mim e eu estava sentada e me abraçou para cumprimentar. Até aí ”ok” (lembrando que estamos em uma pandemia, mas sabemos como algumas pessoas são) virei o rosto e bati de leve no braço. Só que após a aula, ele me pediu para que eu apresentasse o que aprendemos. Ele me entregou o papel e mostrou como deveria apresentar. Isso com a mão nas minhas costas, tipo passando várias vezes e logo depois me abraçou novamente. Não entendi isso e fiquei muito mal. Eu já estava me sentindo mal alguns dias porque estava em uma crise de despersonalização e quando amanheci melhor, bum, isso acontece. Agora não consigo entender se estou exagerando ou isso realmente se enquadra em assédio. Estou com muito medo de ir ao culto e isso acontecer novamente. Pior que sou nova na igreja e ele ainda tem noiva. Você sabe como o machismo é muito grande. Minha mãe me aconselhou a evitar e sempre tentar escapar, mas estou tão mal que nem tive força para reagir. Não sei o que fazer. L.

Oi, Su! Agradeço pelas suas palavras. Sabe, esses dias enquanto eu meditava com o “Cristãos que meditam” me vieram muitas lembranças boas em mente. Na hora, percebi algo muito legal: por mais que eu tenha tomado decisões de que me envergonho hoje e me sinta triste, eu tenho tantos momentos de decisões boas ou só momentos em que estava aproveitando a alegria, que hoje me deixam feliz. Eu estava deixando o passado e as dúvidas tomarem espaço demais dentro de mim. Percebi também que já pensei o máximo que pude sobre os assuntos que me incomodam e não quero mais continuar ruminando eles, não tem nada de novo nisso, não contribui. Deus me ajudou a deixar com ele. Estou esperando que, quando/se for a hora de tratar desses temas, se for mesmo necessário, Ele vai colocar pessoas capacitadas na minha vida para me ajudar, alguém para me ouvir sem julgar e me ajudar a entender o que aconteceu. Eu não estou sozinha. Por enquanto, apenas oro para que Deus coloque um profissional de saúde assim quando chegar o momento. Talvez, nem precise. Talvez eu só devesse focar em outras coisas. Enfim, ainda não sei todas as respostas, mas estou mais calma. Obrigada a você por sua paciência e amor. Um dos devocionais do YouVersion pediram para perguntarmos para alguém cuja fé respeitamos, como ela cresceu na fé ao longo desses anos. Então, pensei em perguntar para você. Você sempre deixa claro que foi gradual, mas, se tiver outras coisas para dizer, ficarei feliz em ler. […] Agradeço e até mais! D.

Olá, Su! Gostei da sua resposta. Você dá umas sugestões bem inteligentes, diferente do pessoal “palpiteiro”. Uma ótima sacada aquela da reunião de família, por que eu não pensei nisso antes? Vai ser a hora de eu voltar a ser a chefe da casa. Também me fez pensar muito aquele link que você sugeriu, está lá “Deus não pode tolerar nenhum tipo de pecado. Embora ele seja um Deus de amor, ele também precisa julgar e castigar o pecado.” Isso mesmo. Não sou deusa (riso) mas o amor também é castigar quando precisa. Eu já marquei a reunião de família para hoje logo mais e falei bem séria, para o pessoal não pensar que vai ser só um bate-papo. Vou ser bem específica: regras serão estabelecidas, e cada uma vai ter uma penalidade, mas vou seguir a sua sugestão de ouro de deixar que eles mesmo proponham as consequências, assim eles se sentirão co-responsáveis pelas regras! Agora quais castigos, isso tem que ser bem coerente. Você sugeriu tirar o celular e os passeios, mas eu penso que isso faz mais sentido se a infração teve alguma relação com o celular ou com os passeios, para que o castigo passe a mensagem certa. Eu estipulo tês tipos de castigo, cada um adequado a um caso particular: 1) Castigo restritivo, de retirar um objeto ou uma prerrogativa por tempo determinado, se o filho estiver abusando do uso daquele objeto ou prerrogativa (por exemplo, se faz coisa errada com celular, ou se fica no videogame e não estuda, perde esses objetos, se chega em casa além do horário faca sem sair no próximo fds). 2) Castigo punitivo, relacionado a algo que fez, deve ter uma ação reparadora (por exemplo, se causou prejuízo ter que trabalhar para pagar, se sujou ter que limpar, se ofendei alguém ter que pedir desculpas). 3) Castigo no corpo (surra). Não estou falando de espancar, mas seguir como manda a bíblia, que diz usar a vara mas sem exceder. Eu acho mais adequado para infrações de ordem ética ou moral, tipo fez algo errado com o corpo, então o castigo vai ser no corpo. Su, pode dar sua opinião e dizer o que concorda ou discorda. Mas para a mais velha (a que fugiu de casa) eu vou ter que dar um castigo bom, para que os irmãos vejam que eu estou falando sério. Você tem uma sugestão? Tenho que ser severa, mas sábia! Obrigado pela força! A.

Oi Su! Tou mais calma agora rsrs na ultima carta eu tava mto irritada mas agora eu dei uma pensada e a sua resposta ajudou tambem. Eu fiquei pensando, eu acho que a minha mãe pega mais no meu pé do que do meu irmão pq ela gosta mais de mim e se preocupa mais. Aí o que eu vou fazer para ela gostar menos de mim rsrs. Ela não fica fiscalizando o meu irmão que nem ela faz comigo mas também não fica de agradinho com ele igual a eu, diz que ele é homem e tem que saber enfrentar. E o meu irmão pode ser chato mas ele também gosta de mim, senão ele não se preocupava tanto. Hoje mesmo chegou no celular dele uma foto que tiraram numa festa onde a mamãe não tinha deixado eu ir, e eu ainda estava de agarro com um garoto, aí ele falou que vai mostrar para a mamãe, eu pedi pelamordedeus para ele não mostrar senão a mamãe vai me bater, e ele respondeu que tem que mostrar pq é a obrigação dele, e que vai falar para a mamãe me bater. Aí eu fiquei pensando naquela sua sugestão de fazer uma troca, mas o que eu posso trocar com ele para ele não mostrar? Não tem muito tempo rsrs. Eu fiquei pensando numa coisa que eu li num daqueles links que vce me passou, você escreveu que Deus castigou Jesus que não tinha pecado em vez de castigar quem pecou. Mas isso é certo? Porque se eu tivesse alguém que fosse sempre castigado em meu lugar cada vez que eu pecasse, eu ia é pecar bastante KKKK. Su, tudibom p/ voce, se puder responde logo minha pergunta. L.

Su, eu estava vendo os filmes do “Deus não está morto” e me surgiu uma dúvida. ALERTA DE SPOILER! No primeiro filme, tem uma menina que é muçulmana e aceita Jesus e esconde sua fé da família, até que o irmão descobre e conta tudo para os pais que não aceitam. No segundo filme, tem um rapaz que parece ser chinês e o pai não aceita a nova fé do filho, assim como uma menina que vivia numa família de ateus e se torna cristã, e a família não aceita. Tá, onde eu quero chegar com isso tudo: Quais as dicas que a gente pode dá para quem aceitou Jesus, mas tem uma família que não aceita sua nova fé? E sobre a questão de esconder da família que aceitou Jesus, é certo ou errado? Se os pais proibirem do filho (que mora sob o mesmo teto) de frequentar a igreja, esse filho (menor de idade sem condições de morar sozinho) deve obedecer ou desobedecer? E quando há risco de perseguição cruel, tipo morte do filho que negar a fé dos pais pra seguir Jesus, o que se deve fazer nesses casos? A.

Su! Estou precisando de conselho. Deixa eu contar, eu crio meus filhos sozinha, e até uns 3 anos atrás eu frequentava uma igreja, mas depois eu parei de ir por uma série de motivos que me desapontaram, e meio que me desliguei da religião. Por essa época meus filhos estavam entrando na adolescência e foram ficando rebeldes, de início eu não liguei porque achei que era normal da idade, mas me chamaram a atenção que isso podia ser por falta de religião. Eu também não liguei, pois estava desapontada com religião, e relaxei mesmo a disciplina deles. Quando eles eram crianças eu disciplinava seguindo os conselhos da igreja, mas quando viraram adolescentes eu quis ser a mãe liberal. Agora a mais velha de 16 anos deu para me enfrentar, brigou comigo e saiu de casa para morar com o namorado. É claro que não deu certo pois o namorado era só um garoto, e agora ela está querendo voltar. Estou na dúvida, você acha que eu devo aceitá-la de volta? Eu não acho legal para ficar igual a antes, eu queria retomar a disciplina, dela e dos irmãos, mas não sei bem como fazer. Penso que aquela moça tem que ter um castigo justo, para me respeitar daqui por diante. O que você acha que eu devo fazer? Agradeço se puder aconselhar. A.