Querida E., para atendê-la melhor, seria bom saber a idade de sua filha. De qualquer modo, em minha opinião, é importante você conversar com ela com muita calma e serenidade e explicar que pode acontecer de esses pensamentos passarem pela mente, mas que ela não precisa se assustar, pois eles não parecem refletir qualquer tipo de realidade.

Dependendo da idade e do nível de maturidade dela, também pode ser legal começar a transmitir algumas informações sobre sexo, para ele entender o que é uma sexualidade saudável e não se angustiar com esses pensamentos que talvez envolvam elementos desconhecidos para ela.

Pode ser prudente você observar com atenção se, de fato, não há alguém interagindo com sua filha de modo a gerar pensamentos de ordem sexual. Mesmo que ela lhe garanta que ninguém nunca mencionou o assunto, fique alerta para pessoas próximas dela e ressalte que ela não deve deixar ninguém tocá-la ou falar “coisas esquisitas” para ela. É importante ficar claro que ela não está fazendo nada de errado, mas que deve relatar a você se alguém causar mal-estar por causa de alguma conversa ou atitude.

Por fim, a coisa mais importante: peça muita sabedoria de Deus para lidar com essa situação. Peça para ele acalmar o coração de sua filha. Quando vierem esses pensamentos, ore junto com ela, pedindo que Deus não deixe esses pensamentos se fixarem na mente dela. Quanto mais ela tentar “brigar” com essas ideias, mais angústia vai causar. Deixe que os pensamentos fluam e, então, ore por eles.

E, se essa situação persistir e você ver que ela não está conseguindo superar esse momento e lidar com a ansiedade, busque orientação de um psicólogo, psicopedagogo ou coordenador pedagógico da escola dela. Esses profissionais poderão ajudá-la a entender melhor o que está acontecendo e caminhar com você de maneira mais próxima. Peça para Deus encaminhá-la para profissionais adequados.

E, sempre que quiser conversar, estamos à disposição!

Kisses,

Su