Hello, L.! Boa pergunta 🙂 Eu uso essas palavras para fazer diferença entre algumas ideias que, de vez em quando ficam misturadas.
1 – Castigo é quando um filho desobedece e os pais o fazem sofrer por causa disso. Tipo, se a filha voltou tarde para casa e a mãe simplesmente deu uma surra nela, isso é castigo (péssimo, aliás). O castigo não tem preocupação com o crescimento, o desenvolvimento e o bem da pessoa. É só uma forma negativa de reforçar que aquele comportamento foi errado. E, às vezes, é um forma de vingança. Tipo, a mãe diz: “Você me deixou morrendo de preocupação. Agora você vai sentir vai ver o que é bom!”. Você me fez sofrer, então eu você fazer você sofrer também. Percebe?
2 – Disciplina é quando um filho desobedece e os pais aplicam uma consequência negativa para fixar no entendimento que aquela desobediência é algo ruim para a vida do filho, que poderá causar sofrimento para ele no futuro. A verdadeira disciplina vem acompanhada de diálogo, de orientação, de oração, de esforço para ajudar. Usando o mesmo exemplo acima. Os pais combinam com a filha com antecedência que ela deve estar em casa até às 22h. Dizem para ela que, se ela desobedecer, ficará sem o celular por uma semana. A filha volta para casa à meia-noite. Os pais avisam que, no dia seguinte, vão conversar com ela. E então, quando todos estiverem calmos, eles dizem que ficaram chateados, perguntam o que aconteceu, por que ela desobedeceu, o que precisa mudar para que não aconteça de novo, etc. E tiram o celular dela por uma semana. Essa é uma disciplina por meio de uma consequência. A preocupação é em ajudar a pessoa a desenvolver maturidade e fazer escolhas melhores no futuro.
A Bíblia às vezes usa o termo “castigo” para falar do que Deus faz conosco, mas com sentido de “disciplina”. Deus nos avisa sobre o que é certo e o que é errado. Ele nos avisa quais são as consequências de escolher o que é errado e então, com amor, ele aplica essas consequências (ou simplesmente deixa que a gente sinta as consequências naturais de um erro). No entanto, ele nos fortalece, nos ajuda, nos anima e continua a nos amar incondicionalmente. Aliás, Deus é tão bondoso e amoros que, às vezes, segundo a vontade e a sabedoria dele, ele nos poupa das consequências. Incrível, não? Nosso Pai celestial é, portanto, o modelo perfeito para nossos pais humanos 🙂
Espero que tenha ficado mais claro. Se ainda tiver dúvida ou quiser conversar mais sobre esse ou qualquer outro assunto, é só passar aqui novamente!
Kisses,
Su