Hello, R.! É muito legal sua preocupação com sua amiga e, de fato, as escolhas que ela tem feito fogem seriamente do ideal de Deus. Precisamos cuidar, porém, para não idolatrar a virgindade, como se perder a mesma fosse a maior tragédia que pudesse acontecer a uma garota. Sim, é muuuuito triste e errado que sua amiga esteja agindo dessa forma – mas se você se aproximar dela com uma atitude julgadora (não estou dizendo que é isso que você está fazendo), como se agora ela fosse uma pessoa impura e mais pecadora que qualquer um de nós, isso com certeza vai afastá-la ainda mais e não vai ajudar em nada.
Meu conselho é que, em primeiro lugar, você (e quem sabe sua outra amiga, a C.) assumam o sério compromisso de orar pela R. – não apenas pela vida sexual dela, mas pelo coração dela como um todo. Muitas vezes, essa falta de sabedoria na vida sexual é sinal de que tem outras coisas que precisam ser tratadas (questões de família, de carência afetiva, de autoimagem, etc.). Intercedam por ela todos os dias e coloquem diante de Deus sua preocupação por ela.
Segundo, quem sabe vale a pena a C. e você conversarem com a R, numa boa e expressarem a preocupação de que têm sentido com essas escolhas que ela anda fazendo. Peçam a Deus a atitude certa, de muita compaixão e humildade. Não passem sermão e não a condenem como pessoa (a gente condena o pecado, e não o pecador). Apenas exortem com carinho, avisando que essa história não vai acabar bem. Falem com ela com amor, ofereçam-se para orar com ela, fazer um estudo bíblico e/ou reunião de oração de vocês três juntas (via Whatsapp ou Skype, por exemplo) uma vez por semana ou a cada duas semanas. Não coloquem condições. Se ela quiser continuar agindo dessa forma, mas aceitar orar com você, ótimo. Com o tempo o Espírito fará o trabalho dele. E, mesmo que ela não queira saber de nada disso, não se afastem dela. Acolham e deixem Deus falar ao coração dela. Como irmãs em Cristo, vocês devem sim, alertar com muita humildade. Mas também devem continuar a amá-la e, com muita sabedoria e prudência, caminhar com ela. E, por fim, lembre-se de que você não é responsável pelas escolhas que a R. fará. Você pode orar para ela abrir o coração dela para a ação do Espírito, pode orar para Deus preservá-la de ir por um caminho errado e pode alertá-la, mas no fim, ela terá de tomar as próprias decisões. Seu exemplo de amor e acolhimento cristãos, mesmo discordando totalmente dela, pode ajudar a R. a entender que Deus continua a amá-la e acolhê-la, apesar das besteiras que ela anda fazendo. Persevere nas orações, na amizade e descanse no Senhor.
E, sempre que quiser conversar, estamos aqui!
Kisses,
Su