Oii Su, lembra de mim? Então, queria te agradecer por ter me ajudado daquela vez, foi muito útil!! Tbm quero falar mais um pouco sobre meu pai. Bem, nesse tempinho que passou, pra ser honesta, não sei se muita coisa mudou na minha casa. A minha mãe não interpreta o que ele fazia como um abuso, e sim como um “trauma” por ele não ter sido presente na minha infância, e acha que eu exagero ao não querer abraçar ele, encostar, etc.
Sempre fico muito pensativa sobre isso, num ciclo que não acaba, porque fico tentando me convencer, justificar por mil motivos o que ele fez, e ainda me sinto culpada, mesmo que, ao mesmo tempo, saiba que não é culpa minha… É estranho.
Eu e minha irmã fomos conversar com o pastor mais um pouco sobre outras atitudes dele na nossa casa, mas não tenho coragem de contar para ninguém o sobre o que ele fazia. O pastor viu que ele é extremamente orgulhoso, e vai conversar em particular com ele mais pra frente.
Queria muito ter coragem de falar com alguém, mas eu tenho essa culpa e um pouco de medo também. Na igreja, ele é um homem bom, dá aulas bem dirigidas, é gentil com todos, e, pensando por esse lado, se tudo isso acabasse ao contar pra alguém, me sentiria mais culpada ainda.
Como disse, no fim, sempre acabo diminuindo o que sinto, e isso cansa. Sei que há algo de errado, mas não consigo admitir…
Quando toco no assunto, acabo ficando mais alerta ainda em casa, então é bom e ruim falar sobre, porque me ajuda a refletir, mas me faz chorar… Enfim, precisava desabafar sobre isso… É chato perceber que nada mudou. Me sinto ingrata, porque, por mais que ele tenha feito tudo aquilo, justifico com um: “Ah, não foi nada de mais, ele paga isso e aquilo pra você” ou “Ele falou que te amava naquele dia”… L.

Susana Klassen 26 de fevereiro de 2024

A Paz de Deus! Eu comecei a gostar de um irmão de outra comunidade no ano passado, achei o insta dele, segui e ele me seguiu de volta, não passou disso. No mês de outubro ele começou a namorar e eu deixei de lado, mas vi pelo pela rede social um tempo atrás e parece q eles não estão mais juntos e alguns dias atrás quando fui congregar fora vi ele e percebi q ainda gosto dele. Mas estou muito em dúvida se naquela época q ele começou a namorar era um sinal de Deus de que não era ele ou se pelo fato de eles terem ficado pouco tempo juntos só não era para ser naquele momento ainda. Seria bom pedir um sinal de Deus novamente? C.

Susana Klassen 26 de fevereiro de 2024

Su, estou me achando estranha de uns meses pra cá, como se eu estivesse cansada das pessoas la da minha igreja, tipo sem ânimo pra falar com elas e puxar um assunto, fico evitando as pessoas até que eu sou próxima. Percebo que algumas pessoas só falam quando eu falo, pessoas que dizem ser minhas amigas, quando eu era dos adolescentes da igreja, era próxima dos meus líderes cheguei até a fazer meu aniversário na casa deles com bolo e os amigos la, agora tenho 19 e já tô nos jovens e eles estão mais na deles sei lá, a que era minha líder um dia virou o rosto pra fingir que não me viu :(. Uma amiga minha só falava mal de mim na frente de outras pessoas, e me falou muita besteira no wpp fiquei super chateada. As pessoa só falam quando vc fala, tem panelinhas, são superficiais. Tô cansada disso. Parece que todos são iguais. Quando vou pra igreja, só quero assistir o culto e adorar ao Senhor, e quando termina quero logo ir pra casa pra não ter que falar com ninguém. E não é timidez, pq quando eu voltei pra igreja queria muito conhecer pessoas e fazer amizades, mas agora parece que todos são iguais. Desanima, e agora eu não quero me esforçar pra manter nenhuma amizade, como fazia antes, de colocar o desejo do outro acima do meu e ficar infeliz. Cansei disso e tô saturada. Minha companhia que eu gosto mesmo, é da minha amiga que é recém convertida nos conhecemos na escola ainda, e aí amo ir com ela mas ela mora longe e não consegue ir sempre por causa de Uber, e não queria falar disso pra ela por ser nova convertida, mas ela é a única amizade que eu fico bem de vdd, com os outros da igreja sinto uma agonia como se todos estivessem sendo falsos ou não, mas, superficiais. Algum conselho? K.

Susana Klassen 10 de fevereiro de 2024

: Oi Su muito obrigada por sua resposta! Só passei pra explicar uma questão. O meu maior problema em encontrar outra igreja é questão de locomoção. Eu vivo em um bairro periférico de são paulo, no extremo da cidade, e aí já viu, questões como segurança e locomoção tornam-se delicadas. Essa minha igreja atual fica a uns 15 minutos andando. Pra eu estar lá, foi um grande esforço, pq eu não tenho carro e minha família também não, então em geral eu vou e volto andando sozinha. Aos domingos o culto acaba cedo, às vezes umas 20h, e ainda sim eu tenho receio e volto andando bem rápido, as ruas estão desertas e em certos pontos mal iluminadas. Essa igreja fica na avenida principal daqui, então o acesso é um pouco “melhor”. E aí tem outras igrejas no bairro, mas em lugares q ficaria meio complicado pra eu estar indo, em ruas mais perigosas e escuras, longe das ruas “mais principais”. E pra piorar um pouco, o ponto de ônibus mais próximo da minha casa fica 8 minutos andando. Inclusive isso é algo q até me impede de participar de muita coisa na igreja atual, já teve culto de jovem que acabou 00h00. Nesse caso tive q pedir Uber, mas por ser bairro assim mais perigoso, muitos demoram de aceitar e demoram pra chegar. Uma vez num culto de domingo estava caindo uma chuva super forte, e eu fiquei dez minutos esperando um uber pra tentar ir embora (e não, ninguém ofereceu uma carona rs’). Então eu já não gosto de sair a noite, e como sei que meu bairro é assim, minha rua também é (por aqui na rua de trás tem ponto de venda de drogas até), meio que complica tudo.. e acho q na minha igreja as pessoas às vezes não entendem isso, e é engraçado q pessoas q têm carro até acham q é desculpa pra não participar das coisas.. uma vez indo embora andando, uma pessoa (q tem carro) disse pra mim”que bom, finalmente perdeu o medo de ir embora andando”. Nem sei como reagir a essas coisas kkkkk e por que não deveria ter medo? considerando como o bairro é… Enfim acaba q não tenho muitas opções por conta disso. Mas vou continuar orando e pedindo a direção de Deus. L.

Susana Klassen 3 de fevereiro de 2024

Su estou começando a ficar preocupada com a minha igreja… Sabe, eu cheguei a comentar q na época da eleição, o pastor fez do púlpito palanque político e tudo mais. E eu sinto dentro de mim q depois disso as coisas mudaram, como se a igreja não fosse mais a mesma, a palavra não fosse mais a mesma. Porque quando eu decidi ir pra lá eu sinto q era diferente. Veja bem, no momento eu não pretendo sair de lá, eu não teria pra onde ir e apesar de tudo eu gosto de lá.
Mas ultimamente têm se tornado mais frequente questões como teologia da prosperidade. Acho q era algo q já tinha lá, mas foi se tornando mais forte e u comecei a perceber mais sobre isso. Muitas pregações são só sobre acessar “portais de bençãos”, de conquistar bens materiais… E essa semana dois cultos o tema da pregação foi sobre dinheiro. Prosperidade ligada ao dinheiro. E o pastor fala coisas como “Quem não trabalha não tem que comer”, e por isso ele não gosta de ajudar pessoas pedindo na rua (e ele tem muito dinheiro! faz viagens internacionais umas 6 vezes no ano). Ele diz tbm que “quem tem mais dar ao q tem menos” é coisa de comunismo, pq Deus é justo e não gosta de igualdade. E várias coisas sabe, promessas de bençãos financeiras, muitas vezes baseadas em quem contribui com ofertas. E por aí vai, entre outras coisas sabe. Às vezes eu sinto que eles estão oferecendo tudo, menos Jesus e a Salvação em si. E eu não sei o que pensar e como lidar com isso tudo. Ah e tem uma coisa q eu andei pensando, eu não sei se comentei, mas quase fui ungida ao diaconato ano passado. Disseram q esse ano vão me ungir, mas eu estou pensando em não aceitar por enquanto, eu vou continuar como cooperadora. Mas não sei se gostaria de ser ungida e sentir q estou compactuando com teologia da prosperidade, e comentários que inferiorizam pessoas mais pobres (até pq eu sou pobre). Qual sua opinião sobre isso? L.

Susana Klassen 2 de fevereiro de 2024

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