Hello, D.! Fiquei feliz de saber que você está mais tranquila. Graças a Deus por isso! Coloquei suas três mensagens juntas, pois tratam do mesmo assunto. Tenho apenas alguns comentários a fazer a respeito delas.
Primeiro, é muito bom você ter percebido que não dá para ficar guardando as coisas. Cedo ou tarde elas aparecem e, às vezes, de um jeito meio assustador, rs. Entendo, porém, que existem medos e dúvidas que a gente nem consegue expressar direito e que precisam de tempo para nós mesmas entendermos. Gosto da ideia de pedir com frequência para Deus mostrar se tem algo que precisamos tratar de imediato. Ele sempre responde de forma muito bondosa!
A meu ver, algo importante de ter em mente nessa etapa da vida é que seus sentimentos ainda não se sedimentaram (ou “assentaram”). Isso é absolutamente natural e saudável. Faz parte do desenvolvimento normal da área emocional/afetiva, e é legal reconhecer isso. Pode acontecer de você perceber afetos por mais de uma pessoa, de ter sentimentos diferentes por alguém em dias diferentes. Não se aflija com isso, nem procure analisar demais. Apenas aceite que essa é a sua realidade interior no momento e confie que, mesmo quando as coisas parecerem meio caóticas dentro do seu coração, Deus está no controle.
Esse é um dos motivos pelos quais ainda não é hora de tomar decisões afetivas, que podem ter implicações para o resto da vida. E, felizmente, você não precisa tomar nenhuma decisão desse tipo no momento. Essa é a hora de deixar fluírem as amizades, dedicar-se aos estudos (como você tem feito com tanta dedicação!) e confiar que, quando for preciso decidir alguma coisa, Deus vai dar sabedoria pontual. Cultivar essa atitude ajudará você a fortalecer sua dependência do Deus que nunca muda em seu amor e cuidado por nós. E também reduzirá sua ansiedade em relação a sentimentos variáveis e, muitas vezes, um tanto difíceis de compreender.
Não creio que seja necessário tratar com você de modo específico do seu amigo ou do menino da igreja. No momento, você não precisa definir nada em relação a eles. Meu único conselho específico é que você observe qual é o verdadeiro nível de interesse de seu amigo em andar com Deus. Tudo bem que ele não pode ir à igreja. Mas ele lê a Bíblia? Conversa com Deus? Entendeu e aceitou, de fato, a salvação em Cristo? Esses são sinais de compromisso pessoal que você faz bem de levar em conta caso, algum dia, precise tomar alguma decisão em relação a ele. É bom lembrar, porém, que seu afeto por esse amigo (seja de que tipo for) não é sinal de menos amor por Deus. É sinal apenas de que você deve continuar entregando os sentimentos para Deus, crendo que ele vai dar a direção certa para eles.
E, como você disse muito bem, o amor é uma construção. Primeiro conhecemos a pessoa e formamos vínculos de amizade e, só depois, tomamos a decisão de amá-la. A propósito, você já leu este post? http://depapocomasu.blog.br/mix/2018/06/amor-e-paixao-duas-coisas-diferentes/
Que o Senhor continue a ajudá-la a navegar em meio a seus sentimentos e pensamentos, certa de que ele está no comando e ele vai conduzi-la, uma etapa de cada vez!
Boa semana e até a próxima!
Kisses,
Su